Pois que surja o blog... é o jeito...

De fato estive por alguns dias tomando a decisão: crio ou não crio um blog?!

Uma decisão dolorida pra quem adora falar e pensar e escrever, mas que, com o tempo, foi se tornando cada vez mais e mais seletiva (não estou dizendo que isso é bom) e que cada vez mais foi aprendendo a dizer apenas o que cabe aos ouvidos de quem ouve (com a velha preguiça de gerar grande impacto).

Hoje na verdade poucos são os ouvidos a quem falo. Falta de quorum mesmo, mas além disso, vivemos num mundo em que ninguém mais escuta. Isso, ESCUTAR. Aquele verbo que se refere àquele que se dedica a silenciar, se permite envolver, enfim. Se permite envolver... Cada qual quer mais é falar, né? Ouvir, nada... Quer mais é se sentir percebido e nunca se permitir permitir. Daí tantos blogs sem público.

O meu, está fadado a isso: ser um blog sem público. Talvez já surja despretensiosamente, sem mesmo ter o público em seu fim. Afinal, não pretendo ganhar dinheiro com isso; não quero conquistar ninguém pelo que escrever (tenho outras armas táticas para esse fim); também não quero "selecionar" ninguém (não posso me dar esse luxo hoje em dia); não estou mesmo em busca de um palco.

A finalidade seria justamente o inverso do palco: uma reclusão. Momento de aliviar, engavetar, amortizar, de alguma forma, o que me inquieta na cabeça.

Uma das dificuldades era justamente pensar em como filtrar tudo o que me inquieta, porque não são poucas as coisas. Como definir o que de fato mereceria ser dito e, sendo dito, cumpriria o seu papel de alivio?

Mas também, né, onde é que ta escrito que tem que ser filtrado? E onde ta dito que tem que ser medido? Bem, vai ter dia que vou escrever 5 posts, sobre 5 assuntos diferentes. Vai ter mês que não vou querer ouvir falar de escrever.

Bem... deu preguiça de escrever mais. Como nunca sei encerrar textos nem falas com frases de impacto, deve ser assim, o ponto final da maioria dos próximos posts.

Fui.

Comentários

  1. Sei que te senti mais perto com o blog; um jeito bom de saber de você e te escutar nesta distância toda que Maceió impôs.

    E se ainda não estiver claro, eu sempre vou ser quorum para ti, abestada! Always, ever. Sou do teu público, saca? hehehe.

    Te amo muito, amiga! Muito feliz que você fez o blog; funciona na verdade como algo terapêutico. A mim só faz bem e espero que a ti também faça.

    smacks. :*

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas