Supermercado

*Vestido de cerejas Chouchou. Desfile no Minas Trend Preview

Acho que fazer feira ou mercantil (como dizem os cearenses) é uma coisa super íntima, se não for a mais.

Ali, diante das gôndolas você consegue descobrir as pessoas da forma que elas de fato são. É possível compreender como ela distribui seus ganhos. E não tem nada mais pessoal e intransferível que a forma de você gastar ou economizar seu dinheiro; o que você valoriza mais ou menos, literalmente.

O que compramos mais e menos? Qual a prioridade que damos a cada categoria de produto? O que a gente escolhe: praticidade, originalidade, industrializado ou aquilo que é natural? Lá você vê os desperdícios, os exageros, ou mesmo o nível de "investimento" em determinada coisa. O que você come, se é saudável ou não, se prioriza qualidade ou preço. O que tanto faz? O que é insubstituível?

Shampoo anti-caspa; papel higiênico vagaba, confort ou com cheirinho; sabonete com hidratante ou Protex; Danoninho, Activia; escova de dentes, pasta de dentes, absorvente com abas ou sem abas, suave ou não; Coca ou Pepsi; chã de dentro, patinho; sopa da Sadia; uva com caroço ou sem caroço, a mais cara, a mais barata.

Acho que é uma percepção do óbvio ou algo aparentemente desimportante, mas fiquei a pensar nisso hoje a tarde, que passei 3h do dia no supermercado comprando a minha subsistência e observando as pessoas por ali.

É raro encontrar casais de namorados no supermercado, por exemplo. Quando passam por lá juntos é pra comprar algo bem específico: bebida pra balada, comida para casa de praia. Acho que quando já vão juntos pra fazer a feira do mês, já tão passando da hora de casar. Pode juntar as escovas de dentes rsrs

Comentários

  1. Achava que eu era a única louca a observar as pessoas no supermercado... é meio como aquela crônica do lixo de autoria do Luis Fernando Veríssimo: vc descobre o dia-a-dia da pessoa pelo lixo e pelo carrinho de supermercado.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas