Adorei ler "As intermitências da morte". Li até as últimas páginas. O livro era tão bom que eu não tirava ele da mão e acabei perdendo na Topic 55 - meu meio de transporte durante a faculdade - quando faltavam no máximo 20 páginas para concluir.


Aí essa semana o Saramago foi embora. E um dia antes, também perdi alguém ...


E aí eu fiquei lembrando da cidade em que as pessoas paravam de morrer e que ninguém conseguia mais viver de forma tranquila sem a existência da morte. Assim como ninguém conseguia mais sofrer a morte de ninguém porque ninguém morria, não havia oportunidade de sofrer. A falta da morte virou um fardo, enfim.


Loucas essas coisas que o Saramago criou para nós. E é engraçado quando o fantástico pode ser real sob certos ângulos: exatamente nessa semana, eu não consegui viver o sofrimento de perder alguém querido.


Pra você ver... também o sofrimento tem que ser vivido.

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