Energia enigmática

Julgo essencial a existência de meus amigos. Por mais que eles estejam espalhadas pelo mundo afora, não sei o que seria de mim sem a lembrança deles, por exemplo, que me abastece de energia o tempo todo.

É clichê e bobo o que eu tenho a dizer porque as declarações de amor são sempre bobas, mas preciso falar alguma coisa.

A gente leva um tempo grande pra descobrir quem de fato é realmente seu amigo. Amizade tem que ter história. Não existe amigo de 1 mês, não existe amigo de final de semana. Amigo tem que ser por tempos e tempos e tempos.

Pra saber se você tem amigos, você precisa passar por pelo menos uma mudança de vida e ver quem continua te acompanhando. E a companhia não está no dia a dia, na convicência, porque algumas mudanças são super radicais e impedem realmente qualquer tipo de presença material. Acompanhar é nas lembranças, nos aprendizados e na cumplicidade. Porque cumplicidade, por mais que se passe o tempo, que venha a distância, só existirá entre aqueles que conservam a energiazinha enigmática que rege as amizades.

Pra saber se tem verdadeiros amigos você também passa pelo aprendizado de eliminar os pseudo-amigos da sua vida. Sem nem perceber, de forma velada, eles somem e você sequer se lembra que eles existiam.

Tudo é aprendizado. Tudo é na maturidade. Tudo é o tempo que diz.

Eu tenho alguns amigos verdadeiros. Não tantos quantos eu julgava ter quando eu era adolescente. Mas o bastante pra me encher a minha vida de felicidade. Amigos de tempos, tempos e tempos. Que muda tudo e a energiazinha continua sempre.

Eu sou muito feliz de tê-los, seja por perto, seja de longe. Na verdade, eu só sou feliz por tê-los.

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