Ideias

Outro dia percebi que a gente vai ficando mais maduro (não velho!) e já não sabe mais elogiar, nem escrever aqueles cartõezinhos de aniversário e de Natal que emocionam quem recebe. E pra mim, o cartão ou a dedicatória sempre foi a parte mais legal do presente. Afinal, o presente há como comprar, a dedicatória...never.

Quando eu era criança tinha aquela agendinha e pedia pras pessoas escreverem pra mim. Lembram? Todo mundo queria e sabia escrever. E eu adorava escrever pros outros.

Mas hoje falta tempo pra comprar os presentes. Dirá pra fazer os cartões... E quando surge o tempo, surge a escassez de sensibilidade para tocar o outro.

Lembrei de 2 cartões lindos que recebi por último. Um deles, no meu aniversário, de uma amiga. Todo rabiscado, segundo ela, na tentativa de ser "espontânea" que nem eu rs. Um outro, da minha irmã, num rascunho qualquer, em que ela se despedia no retorno à Fortaleza, depois de me ajudar na mudança pra Maceió. Pecinhas de papel que me emocionam muito, sempre que eu releio. E nem lembro ao certo o que veio junto deles.

Pior ou melhor, a lista dos merecedores de presentes de Natal vai diminuindo a cada ano, e a de cartões, então, passa a ser mínima ... Então, vamos ao que interessa: os cartões, antes dos presentes.