Inédito clichê

- Eu acho clichê.
- Mas o clichê é necessário.

De fato. E eu já sabia disso. Mas era clichê aceitar.
O simples resolve o mundo. O denso atrasa as coisas.
Quem melhor faz o que faz, faz de forma simples.
As maiores idéias são bobas. E tudo nesse mundo é resumível.

Eu criei coragem e resolvi divulgar o que escrevo. Incentivada por uma-metade-de-uma-meia-dúzia de pessoas que não sei ao certo se sabiam o que incentivavam. O fato é que era simples: bastava usar como mídia um caderno de jornal (um grande jornal!) que publica textos que as pessoas que gostam de escrever escrevem. E eu gosto de escrever e escrevo. Mas não publico. Ou publicava.

Era só pros íntimos. E agora é pra quem quiser.

Lá estão as melhores redações das escolas. E as minhas nunca estiveram entre elas. Lá estão todos os textos assim meio clichês que as pessoas escrevem por aí.

Meu primeiro texto no Jornal OPOVO não é inédito. É apenas um dos que eu gosto. Inéditos?Por ora (!!), só por aqui.

Não haverá novos adjetivos nem novos verbos, nem rimas ricas, nem nada que seja mais do que precise ser pra me manter feliz.

Dia 29 de Maio de 2012, no Jornal do Leitor. Bem clichê.