Desprotegida







Eu não sei quem ele era. E nem quero mesmo saber. E ele não sabia quem eu era. Mas me chamou de imbecil. De forma gratuita e vil.

Não me deu chances de nada, apenas de ouvir e me machucar.

Era só um cara estressado no trânsito e eu era só uma pessoa cansada, voltando do trabalho, tentando entrar na minha garagem, na minha rua, engarrafada.

Porque existe esse tipo de grosseria? Porque chamar alguém de imbecil? Porque chegar nesse nível?

Ele não sabe o impacto que fez. Ele não sabe o quando mexeu comigo. Ele não sabe o quanto me magoou. E fez gratuitamente. E poderia ter me gerado impacto e mexido comigo de forma positiva. Mas ele optou por me chamar de imbecil.

Dele só sei que tem um carro preto, grande. Talvez o carro fosse seu escudo, sua segurança.
Eu, imbecil, sem escudo, no meu carro vermelho, pequeno, me senti desprotegida.

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