Do mal


Desenvolvi pra mim um método radical de relação humana: a melhor forma de você atingir os seus objetivos é se afastando de quem te atrapalha. Começa se afastando de quem te faz mal.

E vejo que esse conceito de fazer o mal é muito confundido com um estereótipo de antagonista, vilão de novela.

Poucas pessoas que te fazem mal se aproximam dos perfis das novelas. Os antagonistas da sua vida real quase sempre são mocinhos por outro angulo. E isso leva a uma certa confusão.

Escuto muito falarem "ela não fez por mal, é porque ela é sem noção". "Ela não fez por mal, é porque ela é assim", "não fez por mal, é porque ela não está num bom momento, é porque é competitiva, porque primeiro garante o dela, porque é mimado, porque é imaturo, porque é displicente, porque é cheia de problema, porque estava bêbado, porque não se toca, porque ela é assim mesmo, porque não sabe pedir desculpas, porque não tem educação, porque é viciada, porque isso e aquilo".

Quantas desculpas a gente encontra pra maquiar os erros das pessoas que nos fazem mal de alguma forma?
Eu acredito que o inferno tá cheio de gente assim: displicente, sem noção, egoísta, imatura, competitiva ou que erra sem querer, etc.

Eu prefiro não tentar consertá-los. Talvez seja rasa e solitária a minha forma, mas acredito que a forma mais fácil é se afastar e tentar enxergar pessoas mais nobres ou menos nocivas para a sua convivência.

Claro, se tem amor na relação e você é forte o bastante para ajudar essas pessoas a melhorarem, façamos! Eu nao atingi toda nobreza. Eu sou mais pratica. Eu sou, pra essas, do mal.

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