Não adianta, é o amor

Ele talvez não fosse o cara certo pra ela. Era o que dizia um e outro. Era o que pensavam todos. Era para o que torciam os outros: contra.

Mas ele a amava. E ela também o amava. E o amor não faz o menor sentido. E não tem ouvidos. O amor é enfático, é persistente, insistente.

O amor pega avião, estoura cartão de credito, se mostra ridículo, faz o improvável. O amor marca e demarca seu espaço, seu tempo e sua forma, que só faz sentido a ele mesmo.

O amor faz o que ninguém faria. O mesmo ninguém que defende que ele não é o cara certo pra ela.

E quem é esse ninguém quando há alguém que a ama?

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