Praticidade?

Eu sou muito prática. Sempre fui e não pretendo deixar de ser. Mas hoje veio com clareza que a praticidade nem sempre é bastante.

Em outro post qualquer lembro que falava de como as pessoas gostam mesmo é de colecionar problemas, ao invés de resolvê-los. Hoje eu pude entender melhor que não é bem assim.

As vezes, por mais que o problema esteja resolvido, é necessário vivê-lo, senti-lo, dividir com alguém, que as vezes não tem muito o que objetivamente fazer. Mas o fato de estar ali, ouvindo o problema - resolvido ou não - com alguém que topa vivê-lo com você, tem um papel terapêutico, afetuoso, que também é solucionador.

Sim, to falando de afeto, de amor, de carinho, consideração.

Se você passar um dia na enfermaria de um hospital, perceberá que os acompanhantes, objetivamente, não tem muito o que fazer. Os pacientes já estão amparados, sob orientação de médicos, enfermeiros. Eles estão ali pra viver aquilo com quem acompanham; para fazê-los menos desamparados, solitários. Eles não sabem que remédio indicar, não entendem de doença, de exames, eles entendem de amor. Apenas.

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