O garçon

- Você não é daqui, né? - ele questiona com a certeza da resposta.
- Não sou, mas moro aqui há algum tempo.
- Logo vi pela simpatia.

Eu sorri e pensei - "clichê". E ele continuou a falar.

- Poise, eu gosto de comer coisa boa. Tanto é que eu mesmo faço minha própria  comida. Minha mãe que desde de quando eu era adolescente dizia "aprenda meu filho pra você não precisar depender de mulher". E eu faço tudo: lavo, limpo, passo, cozinho.

O que era mais intrigante? Ele se orgulhar de não depender de ninguém? A educação completa e esquisita que a mãe lhe deu? O paladar aguçado que ele adquiriu na prática de cozinhar pra si mesmo? Ou as qualidades de um homem com bom gosto gastronômico? 

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