Acaso

Tem sempre o tempo em que você tira o time de campo, tá fechada pra balanço:
- Não é tempo de conhecer ninguém novo! Me deixe quieta, me deixe aqui!

E ai você, sem saber direito como, conhece alguém que, de fato, não parece novo, te deixa quieta e não te tira "dali". Não assusta nem invade. Apenas ocupa um espaço que parecia ja ter desde sempre.

Na minha reserva habitual ao novo, nunca tinha conhecido alguém que já conhecia. Uma sensação de reencontro, que parece mesmo o velho clichê de "já te conheci em outra vida".

E na mesma velocidade e surpresa que conheci, perdi, como que em uma vida inteira também o tivesse perdido.

De fato, não saberia explicar a ninguém e nem sei se quero ou preciso. O fato é que tem coisa que não se explica. Tem coisa que não se planeja, tem coisa que não tem nexo, nem eixo nem fim. 

Não gosto do acaso. Não sei lidar com ele. Mas tenho aprendido a respeitar: tem acaso que vem pra fazer todo sentido ou pra dar todo o sentido.

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