Do nada

E ele reaparece do nada. E pergunta se ela tá na mesma cidade que ele naquele momento. Quanto de distancia os separam? E ela observa para onde vai seu pensamento nessa hora.
Pro aeroporto. Pra voar pra onde quer que seja, mas que seja perto o bastante pra corresponder a essa vontade repentina dele. É de te ver? Te tocar? Conversar? Não sabe! Mas sabe que quer corresponder. Está surpresa, feliz, insegura, mas segura do impulso do que quer.
Um sentimento de saudade. De vontade. De aperto. Um sentimento bom. Um sentimento que não deve ser alimentado, mas que sobrevive mesmo sem alimento, sabe-se lá como, porque e por onde.
O pensamento volta pra realidade. E na realidade, nada daquilo faz o menor sentido. Porque essa repentina vontade? Repentina vontade que só acontece se estiverem comodamente próximos? Porque a saudade nao se manifesta na distancia? Porque só verbaliza-la quando puderem mata-la? Existe saudade silenciosa? E que saudade é essa, que silencia? porque silencia?
Saudade de que, se não há o que possa? Saudade do que?

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