Aprender com as pessoas

Hoje fui numa casa especializada em vender Mel no bairro de Piedade, em Pernambuco. Ao entrar, achei estranho, portão fechado, campainha. Antes de apertar, desisti e voltei. Antes de desistir de todo, veio a lembrança: quase sempre, o que é estranho agrega e muito.
Entrei, a moça antipática respondeu: é sim, vendemos produtos naturais.
Bem, ei que sou atendida por um senhor gentil, paciente, fala mansa e doce, esguio, olhos bem azuis e expressivos. Explicou cada um dos 10 itens de seu curto mix de produtos. Cada qual com uma riqueza de detalhes que não tinha como não prestigiar e também como não comprar.
Sai de lá com a castanha do Pará, que me fez atrair no cartaz, com o polen de flor, que nem sabia que fazia tão bem e que era tão gostosinho e com o sal, que não é o Himalaia, mas é das Salinas do Rio Grande do Norte e custa um terço do preço. Também com a certeza de que vou voltar pra pegar o mel quando o meu acabar.
Aprendi sobre geléia real, sobre os malefícios dos adoçantes, os benefícios do mel, que café adoçado com mel fica com gosto de chocolate, que com duas castanhas você tem o selênio bastante que seu corpo precisa no dia, enfim. Confirmei uma grande certeza que tenho cultivado: a melhor forma de aprender é com as pessoas. E me deliciei num pequeno prazer que tenho preservado... O de motivar pequenos empreendedores.


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