Carrossel

"Talvez eu seja o último romântico." No verso popular, uma solidão que arde de se perceber fora de moda, em extinção. Estamos todos guardando as mágoas e esquecendo de amar. Esquecendo que é possível ser feliz e que pode valer a pena tentar. E, quase como uma punição, quem se atreve sofre mais. E é sorteado com a certeza de que de fato a cura não vale a pena.
Adoro compartilhar histórias de amor. Adoro ouvi-las. Adoro escrevê-las, cantá-las. Adoro o amor. E saberia vivê-lo. Ou estou disposta a isso. E nisso assumi que sou chata também. E assumi que não há vagas pra meu show.
Me exponho demais, e isso parece pecado. Me deixo demais, me enlaço, me rodeio. E isso tudo é cansativo, piegas, inocente e descolado de um mundo em que as montanhas russas são mais, muito mais, que o carrossel. Sou um brinquedo sem filas no parque de diversões.

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