Beterraba doce!

Resolvi conhecer um mercado perto da casa nova. Um mercado pequeno, de bairro, popular, que eu sabia que não teria meus biscoitos tão específicos nem os itens da dieta. Mas me ajudaria com as frutas e verduras.

Fui bem recebida nos 2 contatos que tive na primeira visita quando queria saber do tomate cereja e se tinha refrigerante de caju.

Na segunda visita, precisava escolher beterrabas doces. Tinham que ser doces pra que eu conseguisse acertar uma receita de salada que precisa de beterrabas doces. Perguntei ao rapaz que arrumava as cebolas:

- Você sabe escolher beterrabas doces?
- Pelo que minha mãe ensinou, eu sei, serve? - e quando eu disse que "sim! Como serve! -  lá foi ele solícito, parou o que tava fazendo e com boa vontade real foi me mostrar como se escolhe, perguntou pra que era e quantas eu precisava e escolheu uma grande e sim! Ela era doce!

Talvez o que mais sirva pra ele profissionalmente (e em todo o resto!) seja exatamente as coisas que a mãe o ensinou. Não adianta treinamento para atender pessoas e vender o que quer que seja, se os treinados não tiverem tido boas "mães" que os fizessem entender algumas coisas bem simples e primárias. Assim eu acredito.

A resposta do rapaz me levou àquela mãe que ensinou o filho homem a escolher beterrabas. Especialmente, eu adoro conhecer as histórias de mães. De mulheres. De amor. De famílias.

E também viajei em quanto nas empresas a gente se esforça pra ensinar o básico (não sobre beterrabas ou produtos), mas sobre o básico: ouvir! Ser solícito! Tratar bem as pessoas! Ajudar de  forma genuína! Ser honesto! Priorizar as pessoas aos processos! Entender a necessidade de quem solicita!

Havia tudo isso ali naquele rapaz em um pequeno gesto. E certamente não acredito que o gerente do supermercado quem o tenha agregado aquele "conhecimento".

Foi "a mãe".

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