A tal felicidade



Restaurante. Almoço em dia comum. Senta na mesa ao lado uma família: casal, avó e uma menina de uns 7 anos. Eu poderia resumir o relato em "uma criança chata!". Mas fiquei pensando sobre as 49 reclamações que ela fez de tudo, a começar pela escolha do próprio restaurante. Só ela falava na mesa e reclamava de tudo. Cismou que tinha fígado no peixe (oi?), que não gostava porque não tinha feijão, que o pai ia muito ao banheiro (ein?), que a mãe que deveria resolver alguma coisa lá. Enfim. Como aos 7 anos tinha-se tanto a reclamar!?


Os pais argumentam, se justificavam, brigaram com ela, insultaram, etc. Em momento algum mencionaram qualquer coisa sobre o "parar de reclamar". Ou sobre "agradecer". Ninguém sugeriu que ela olhasse por um ângulo diferente, mais otimista. Ninguém sugeriu "olha que maravilha estarmos juntos aqui hoje, almoçando juntos, o almoço, no shopping."


Lembrei de "Pollyanna" e "Pollyanna Moça", os livros infantis que li quando era criança. Muito muito antes de ouvir falar dos estudos sobre o tal "poder da gratidão", de Ferramentas de Coach, ressignificação, Psicologia Positiva, whatever, eu já conhecia o "Jogo do Contente" da Pollyanna. Apesar de tudo que viveu, que seria motivo pra que fosse uma criança triste, Pollyanna jogava o "jogo do contente", o jogo de ver as coisas pelo lado positivo, por pior que fossem.


Foi a personagem do livro que me ensinou a enxergar diferente e agradecer. E foi a "menina chata" da mesa ao lado me fez lembrar que não é fácil entender esse "jogo" e muito menos ensinar a alguém.


Como ensinar um filho a ser feliz? Como ensinar a agradecer? Quão difícil isso é?


Seja lendo um livro, procurando ajuda profissional, espiritual, etc, quanto antes aprendermos que é melhor olhar o que tem de bom e agradecer, mais rápido vem a tal felicidade.


Comentários

Postagens mais visitadas