Eu, tu, ele, nós, vós, eles
Conversava com um colega, líder de líderes, liderado por um outro executivo, que tratava com sua equipe na terceira pessoa do plural: "vocês fazem isso", "vocês devem fazer aquilo".
A justificativa do executivo era de estar tratando com profissionais adultos, maduros, formados e que por isso, ele poderia responsabiliza-los e demanda-los de forma "direta". Ou seja, poderia ele, o manda chuva dos mandas chuvas, mandar chover. Uma prepotência, arrogância e inadequação resumida na aplicação de um tempo verbal.
Num único pronome, o exemplo escrachado de como NÃO se deve liderar.
Todos os desafios de uma equipe passam pelo líder. Todas as demandas, todos direcionamentos, toda a constituição da equipe. Um (falso) líder que não se inclui nos problemas, nas demandas e nas tarefas, é falso. Não é líder.
Ser liderança independe de nível hierárquico, tempo de função, maturidade profissional. Sempre será primeira pessoa do plural: nosso desafio, nossas tarefas, nós vamos resolver, nós erramos, nós acertamos.
A diferença entre as frases:
"Nós precisamos melhorar nisso" e "Vocês precisam melhorar nisso" está principalmente em quem a pronuncia.
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