Liderar

4o dia de isolamento

A primeira grande angústia e, acredito que certamente será a menor daqui pra frente, foi de pensar e sentir o meu papel como líder de um time de mais de 400 pessoas. Era liderar diante de o imprevisível de um fator externo. Era liderar diante da falta do que fazer, era pensar primeiro no outro - o que é as vezes instintivo pra um líder, em detrimento de você.

Eu pensava em protegê-los, em ajudá-los. Eu tinha orientações de não fazer nada acerca disso e minha humanidade pedia que fizesse. Ao mesmo tempo havia uma bagunça mental, uma necessidade de me apropriar das informações, uma tentativa de dominar o que estava acontecendo, como de praxe é meu ofício.

Hoje, quarto dia em casa, me parece que ali havia também uma resistência a desacelerar. Uma dificuldade de aceitar que qualquer coisa que se precisasse fazer, era necessário antes decantar as ideias, os sentimentos, os pensamentos.

Estou mais tranquila. Nunca fez tanto sentido pra mim que pra liderar o outro é fundamental liderar a si mesmo primeiro com maestria.


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