21o dia de isolamento
Que chatice! Que chatice extrema esse discurso otimista por traz da epidemia. "Temos que aproveitar uma coisa ruim pra enxergar nela as coisas boas".
Pelo amor de Deus! Em que momento vamos permitir ao todo ser apenas o que é possível ser? Em que momento vamos nos permitir lamentar, chorar, se preocupar, parar, absorver o que tá acontecendo da forma que de fato é? Em que momento vamos nos deixar ser HUMANOS? EM que momento vamos nos permitir sentir?
Eu nunca tive dificuldade de ver lado bom em tudo e perdi as contas de quantas vezes me chateei de ter essa "habilidade" tão desenvolvida. Perdi as contas de quantas vezes já me cobrei de não conseguir lamentar, chorar, espernear? Porque ser tão resiliente? Pra que essa fortaleza? Pra que estar sempre em ação? Pra que essa postura sabe-tudo? Pra que essa independência? Pra que esse estado resolutividade?
A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem. Frase clichê e que se aplica ao volume de discursos vazios de otimismo multiplicado por um tanto de gente que muitas vezes sequer sabe o que sente pelo simples fato de que não se permite sentir. Ou se observar.
Que chatice! Que chatice extrema esse discurso otimista por traz da epidemia. "Temos que aproveitar uma coisa ruim pra enxergar nela as coisas boas".
Pelo amor de Deus! Em que momento vamos permitir ao todo ser apenas o que é possível ser? Em que momento vamos nos permitir lamentar, chorar, se preocupar, parar, absorver o que tá acontecendo da forma que de fato é? Em que momento vamos nos deixar ser HUMANOS? EM que momento vamos nos permitir sentir?
Eu nunca tive dificuldade de ver lado bom em tudo e perdi as contas de quantas vezes me chateei de ter essa "habilidade" tão desenvolvida. Perdi as contas de quantas vezes já me cobrei de não conseguir lamentar, chorar, espernear? Porque ser tão resiliente? Pra que essa fortaleza? Pra que estar sempre em ação? Pra que essa postura sabe-tudo? Pra que essa independência? Pra que esse estado resolutividade?
A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem. Frase clichê e que se aplica ao volume de discursos vazios de otimismo multiplicado por um tanto de gente que muitas vezes sequer sabe o que sente pelo simples fato de que não se permite sentir. Ou se observar.
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