Modo trekking

Cada vez que saio de casa, fico a observar onde vai a minha mão. Tento pegar no máximo de coisas. Tento não colocar a mão no rosto.

Já percebi que meu cabelo atrapalha, Já percebi algumas manias de passar a mão no queixo. Enfim.
A parte bonita disso é que isso me traz pro presente. É bonito. É gostoso. Ver o movimento de cada mão, dos dedos. Ver tudo aquilo que fazemos sem nos dar conta.
É legal observar o que é hábito e tentar reconstruí-los.

Fiz uma associação as trilhas que já fiz. Algumas delas bem complexas, que exigiam as duas mãos e força nas pernas. Numa trilha, não há ausência. Numa trilha, só há presença e por esse motivo elas sempre me fizeram tão bem. Eu estava lá. Eu sentia meu corpo. Eu precisava dele, eu precisava controlá-lo. O corpo como máquina, como algo para além de mim, como algo que eu movimento, comando e monitoro.

E assim, na quarentena, sigo em modo trekking. Presente!

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